Debates ajudam a definir campanha eleitoral e resultado nas urnas

Debates ajudam a definir campanha eleitoral e resultado nas urnas

A coluna Erivaldo Carvalho, do jornal O Otimista, desta segunda/29

O Palácio do Planalto, sede do Governo Federal / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Milhares de eleitores que acompanharam, na noite deste domingo (29), pela televisão ou internet, o debate entre os candidatos ao Planalto, devem ter ficado mais convictos da escolha que farão no próximo dia 2 de outubro, sobre quem gostariam que fosse o presidente da República, a partir de janeiro de 2023. Outros, ainda indecisos, começaram, provavelmente, a fazer suas escolhas – mesmo que por exclusão –, que definirão o próximo mandatário da nação.

A performance de cada candidato – domínio do tema, opinião, argumentos, clareza na fala, pensamento macro, empatia –, entre outros itens, formam o conjunto de características que embasarão a decisão do eleitor. Outros motivos, inclusive irracionais, somam-se a isso. As próximas pesquisas de intenção de voto deverão transformar em índices o que a audiência já percebeu e sentiu ontem.

O fato é que é praticamente nula a possibilidade de o brasileiro mediano, já interessado ou não nas eleições de 2022, ter assistido à exposição de ideias e bate-rebate deste domingo e ter ficado imune à influência característica que esse tipo de programa exerce sobre o eleitor. O formato, as regras e mesmo a quantidade de participantes é algo em aberto. Sempre pode melhorar. Mas nada muda o fato de debates causarem fortes impactos na própria campanha e no resultado das urnas.

Embate na TV Otimista será no dia 6 de setembro, às 20h

O Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado / Divulgação

Reforçando a importância de debates como peça fundamental na engrenagem política e eleitoral, o Grupo Otimista de Comunicação promove evento do tipo entre os principais candidatos ao Governo do Estado. Será no dia 26 de setembro, às 20h, nos estúdios da TV Otimista,. Participarão os concorrentes Capitão Wagner (União Brasil), Roberto Cláudio (PDT) e Elmano Freitas (PT). Após o embate, haverá um programa especial de análise, também na TV.

Do conforto ao confronto
Em mandatos ou não, políticos se apropriaram, como poucos, das novas tecnologias, para difundirem mensagens e conquistar apoios e votos. Que o digam informações, sempre positivas, espalhadas em redes sociais e lives. Na zona de conforto digital, jogam confete sobre si, diuturnamente. Numa via, não raramente de mão única, chegam a flertar com o vitupério. A situação é bem diferente em debates, em que a dialética e o contraponto expõem, ao vivo, o melhor e o pior de cada candidato, sem ambiente controlado.

Ontem e hoje
Candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, Lula e Bolsonaro repisaram, na noite de ontem, no debate da Band, o que já vinha sendo a marca de cada um. O ex-presidente fez o já conhecido esforço de memória coletiva de seus governos, enquanto o nome do PL tentou se esquivar dos desastres políticos e administrativos.

Deu a lógica
Eloquente, o candidato Ciro Gomes (PDT) foi um dos destaques no debate da Band, neste domingo. Em qualquer dos temas que rodou entre os concorrentes, o pedetista mostrou, mais uma vez, porque é amplamente considerado o mais preparado. Com o diferencial de ter focado em diagnósticos como base de suas propostas.

Toinha Rocha é boa opção pela Rede

Candidata a federal foi vereadora de Fortaleza / CMFor/Divulgação

Numa disputa ainda fortemente marcada pelos estigmas masculinos, a candidatura da ex-vereadora Toinha Rocha surge como boa opção, apresentada pela Rede Sustentabilidade ao eleitorado cearense. A postulante à Câmara dos Deputados é da luta pelas mulheres, LGBTQIAP+ e causa animal. Neste último item, inclusive, Toinha tem uma extensa lista de conquistas, a exemplo de uma clínica veterinária municipal e três vetmóveis. Nesta legislatura, que caminha para o fim, apenas três mulheres assumiram como deputadas federais, de um universo de 22 cadeiras: a titular Luizianne Lins (PT) e as suplentes Gorete Pereira (PL) e Rachel Marques (PT). É muito pouco.

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