História: a campanha das “Diretas Já!” 40 anos depois

Um dos comícios pela redemocratização / Agência Senado

Em tempos de tensão político-institucional, o passado é um bom indicativo sobre o que nos reserva o futuro. Analisar fatos históricos, em regra, pode aconselhar líderes e inspirar gerações.

Por esses e outros será muito bem vindo o seminário “A Democracia no Brasil 40 anos depois da Campanha das Diretas Já!”, marcado para o próximo dia 10 de novembro, a partir das 8h, na Câmara Municipal de Fortaleza.

Pensado no formato de testemunhos de agentes ativos da época, a ideia é fazer exercícios de análise das conquistas – e dos desafios -, do jogo do poder à la Brasil.

A Campanha das Diretas, realizada nos anos de 1983 e 1984, reivindicava o restabelecimento do voto direto para Presidente da República – para governador foi retomado em 1982.

O movimento foi corajoso, histórico e contagiante – levou milhões às ruas e praças das maiores cidades do País. Também foi sofrido, dolorido e frustrante – não veio a tão sonhada emenda constitucional.

A união no período entre todas as forças progressistas mostrou, entretanto e de forma contundente, que a redemocratização do Brasil era uma questão de tempo.

A Campanha das “Diretas Já!” não foi dispensável. Pelo contrário. Como diria Charles Dickens, fracassos – para quem vê por esse ângulo – nos ensinam o que precisamos aprender.

Livro-diário
A relação do jornal Folha de S.Paulo com a campanha das “Diretas Já! é muito peculiar.

E não dá para contá-la sem inserir o jornalista Ricardo Kotscho.

No livro de autoria dele, “Explode um novo Brasil: diário da campanha das diretas”, o repórter faz o melhor relato do período.

Lá estão começo, meio e fim de uma das mais belas páginas da política do País.

Em Fortaleza
Era 25 de janeiro de 1984. Já apoteótica em todo o Brasil, a campanha das “Diretas Já!” chegava a Fortaleza, com nomes de peso nacional: Tancredo Neves, Luiz Inácio Lula da Silva, Ulysses Guimarães e Franco Montoro, entre vários outros.

Relatos jornalísticos da época citam a Praça José de Alencar, no Centro, com público estimado em 30 mil pessoas.

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