Sempre polêmica, a relação entre política e família alimenta debates desde que o mundo é mundo.
No caso da disputa eleitoral em Fortaleza, a intriga entre os irmãos Cid e Ciro Gomes promete impactar o resultado nas urnas.
A rigor, muito do cenário atual vem de 2022, quando o ex-governador e o atual senador tomaram rumos diferentes.
Para lembrar, a refrega envolveu as candidaturas de Roberto Cláudio e Izolda Cela à sucessão de Camilo Santana.
Todos conhecem a história.
Fim da federação
Agora, no limiar do ano eleitoral, mais um capítulo está sendo escrito pela dupla Cid-Ciro.
Em síntese, Ciro perdeu a queda-de-braço nacional para Cid e está vendo virar fumaça a federação PDT-PSB.
Prevista para 2026, o casamento partidário poderia beneficiar o aliado cirista, José Sarto (PDT), já em 2024.
Cid e parte de seu grupo está de malas prontas para entrar no PSB – deve ocorrer dia 4/2.
Isso quer dizer, na prática, que o futuro partido do senador não apoiará o projeto de reeleição do prefeito de Fortaleza.
Vantagens
Por que o PSB manter-se na alçada do Palácio da Abolição é importante para o projeto do PT chegar ao Paço Municipal?
Simples. Sarto deverá disputar mais quatro anos de mandato com uma das menores alianças de um nome da situação.
Isso conta muito – tempo no rádio e TV, estrutura de campanha e capilaridade política na Cidade, entre outras vantagens.
A questão não é nem o PSB reforçar o grupo do Abolição, já elástico; é retirar o apoio do PSB a Sarto.
A história mostra que esse tipo de vantagem competitiva pode fazer a diferença.
Tudo isso, em função de uma mistura azeda entre política e família.