A reunião do PDT, a fala de Ciro e as eleições em Fortaleza

A reunião do PDT, a fala de Ciro e as eleições em Fortaleza

Ex-ministro defendeu reeleição do prefeito Sarto / Reprodução de Internet

A criação do Diretório Municipal do PDT, formalizado no encontro do partido na manhã deste sábado (15), no Centro da Cidade, foi o de menos.

Entre presenças sentidas e ausências percebidas, o ato político arreganhou o racha no grupo.

Para citar alguns, estiveram o ex-ministro Ciro Gomes, o prefeito de Fortaleza, José Sarto, e o presidente da sigla na Capital, Roberto Cláudio.

Entre os faltosos, cite-se o senador Cid Gomes, o presidente da Assembleia, Evandro Leitão, vários outros deputados e vereadores.

Muitos dos que não foram são inscritos em outros municípios e fazem política fora da Capital. Mas isso é mera formalidade. A presença teria efeito simbólico de unidade.

Unidade essa que está escassa e poderá custar caro ao projeto de reeleição do prefeito Sarto. A tese está longe de ser unanimidade entre pedetistas.

Condicionantes
Tanto é – e já entrando na fala de Ciro -, que a ideia da recandidatura está no nível das possibilidades.

Vejamos um trecho da declaração do ex-governador. “Se você for candidato à reeleição, como eu gostaria que você fosse, eu vou ser seu cabo eleitoral”, afirmou Ciro.

Entre a conjunção condicional “se”, o futuro do pretérito “gostaria” e a candidatura do prefeito em 2024, abre-se um abismo.

Outro ponto que chamou a atenção foi o adesivo de “perseguido” que Ciro quis colar na camisa do prefeito da Cidade.

Só se é perseguido por algo muito maior. É a lógica caça-caçador. A estratégia é boa. Flerta com a pecha de vitimização.

Mas, no caso de um grupo que está com as chaves da Cidade e do cofre na mão, o resultado é incerto. Nada indica que poderá funcionar.

De qualquer forma, o encontro do PDT deste sábado foi relevante. É importante expor, publicamente, com quem Sarto poderá contar.

Nesse sentido, o prefeito precisará de muito mais apoio do que o exibido na reunião da sigla.

Isso, mesmo que a gestão pedetista em Fortaleza esteja acima da média e as eleições do ano que vem tenham pouco a ver com as do ano passado.

Votações
Mesmo assim, vale a série “os números não mentem jamais”. Ciro tirou 8,66% dos votos em Fortaleza, para presidente da República.

Então candidato a governador, o ex-prefeito da Cidade, Roberto Cláudio, obteve 20,67% dos sufrágios.

A lembrar: Lula (PT) teve 53,20%, os também governamentáveis da época, Elmano de Freitas (PT), 37,62, e Capitão Wagner (União Brasil), 41,51%.

Tudo considerado, para além do que foi dito na reunião de ontem, o PDT de Fortaleza também citou, nas entrelinhas, estes três últimos personagens.

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