O anúncio do apoio de Ciro Gomes à pré-candidatura de Elmano de Freitas (PT), em Caucaia, para atrair o apoio do PT em Fortaleza, em detrimento de Luizianne Lins, remete a outras tentativas do gênero, cujos desfechos não foram os mais alvissareiros.
O exemplo mais emblemático, porque ganhou repercussão nacional na última corrida presidencial, deu-se em 2018.
Candidato ao Palácio do Planalto, o ex-ministro Ciro assistiu à uma manobra do PT e PSB nacionais, pela qual os dois partidos abriram mão de candidaturas próprias – competitivas, diga-se -, para apoiar as reeleições do petista Fernando Pimentel (MG) e do peessebista Paulo Câmara (PE).
O golpe em Ciro, porém, veio do alcance do acordo: pelo acertado, o PSB ficaria neutro na eleição presidencial, sem se coligar com nenhuma outra força. No caso, com o presidenciável pedetista.
À época, PDT e PSB nacionais estavam em avançadas conversas para selarem uma aliança, que poderia ter feito a diferença ao projeto palaciano cirista.
Resultado da opereta: Paulo Câmara foi reeleito, Pimentel rodou e o presidente da República é um criador de emas.