Candidato governista em Fortaleza: os critérios de escolha

O Palácio do Bispo, sede da Prefeitura da Capital

Conhecida a lista de onde poderá – não, necessariamente, deverá – sair os candidatos governistas a prefeito e vice de Fortaleza, vale uma leitura mais pragmática sobre os critérios de escolha.

Para isso, recorre-se ao manual dos Ferreira Gomes, cujo histórico é muito linear em pelo menos três características: capacidade de gestão e liderança, inteligência política e potencial eleitoral.

A esse filtro triplo serão submetidos Samuel Dias, Ferrucio Feitosa, Alexandre Pereira, Élcio Batista e Nelson Martins – que deixaram as gestões municipal e estadual -, José Sarto e outros menos cotados.

Capacidade de gestão e liderança: uns mais e outros menos, os citados acima conhecem, tocam ou já tocaram a burocracia pública. Mas uma coisa é gerir uma lojinha no final do corredor. Outra é administrar um mega shopping center.

Um sucessor de Roberto Cláudio – supondo que seja um continuista -, que frustre resultados esperados da gestão abre uma fissura no projeto do grupo.

Inteligência política: aqui entra a ampla capacidade de articulação, convergência e definição de rumos, dado o tamanho do condomínio político, interesses pontuais e projetos pessoais. Isso vai muito além da máquina partidária, tempo de filiação e mandatos já exercidos.

Todos na lista têm essa visão, habilidade e sensibilidade?

Potencial eleitoral: por óbvio, não adianta o ungido passar pelos dois critérios acima sem ter competitividade e chances de sentar na cadeira de prefeito a partir do próximo 1º de janeiro.

Na lista há veteranos e novatos, com seus respectivos bônus e ônus. Isso é o de menos. O fato é que não há estratégia de campanha que resista a um candidato muito ruim de voto.

Dito isso, registre-se que o próximo prefeito de Fortaleza vai pegar uma Cidade com muitas conquistas e legados – e outros tantos gargalos. Com o agravante de uma crise econômica sem precedentes e um distante ponto de luz no fim do túnel.

Até lá, haverá muitas análises de cenário, simulações, balões de ensaio, pesquisas qualitativas, plantação de notas na imprensa e outros tipos de especulação, para finalmente, o martelo ser batido.

Cabe, ainda, registrar que a palavra final caberá aos FGs – particularmente Ciro e Cid -, com base em muitas conversas – internas e externas ao grupo -, sondagens e observações. Tudo isso em sintonia com o próprio feeling e instinto político.

Mas isso eles têm de sobra.

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