Sem Bolsonaro, lulopetismo depende cada vez mais de si

Lula não mais terá Bolsonaro como adversário / Agência Brasil

Condenado, mais uma vez, à inelegibilidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dificilmente voltará a disputar voto popular, até pelo menos 2030.

Ainda há uma fila de processos, aguardando julgamento – tanto na Justiça Eleitoral quanto no Supremo Tribunal Federal.
O cenário é de difícil reversão.

O mais provável é que o ainda representante máximo da extrema direita no Brasil vá para o ocaso político. Isso é bom ou ruim para o lulupetismo? Depende.

Se estivéssemos falando de uma comparação direta, entre as duas maiores forças políticas nacionais, a centro-esquerda levaria a melhor, como aconteceu em 2022.

Mas se trata de uma situação em que o grupo que está no poder não terá um contraponto externo. Não faz sentido definir um inelegível como grande adversário – mesmo que imaginário.

Com Bolsonaro fora do páreo – embora o bolsonarismo ainda paire em corações e mentes de milhões de eleitoras Brasil afora -, o lulopetismo será julgado em outros parâmetros.

Como qualquer outro, o governo Lula tem méritos e falhas. Deverá ser esse o conjunto a ser julgado, em 2026 – e vai depender cada vez mais de si.

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