A semana política começa sob a expectativa de mais desdobramentos da novela PDT-CE. De olho nas eleições municipais do ano que vem, a sigla segue afogada em crise, sem segurança política nem jurídica sobre os próprios rumos.
Na última quarta-feira (4), aqui foi dito que na guerra pedetista não há vencedor, na medida em que o partido se expõe ao que há de pior na vida pública – xingamentos e intrigas pessoais, em detrimento do debate de ideias.
Isso, do ponto de vista interno da sigla. Na mesma coluna também foi especulado que o pré-candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil), pode tirar proveito da situação. O ex-deputado federal é da tese de que o PDT está tão somente brigando por poder.
Atentos leitores da coluna fizeram alguns adendos. O principal deles diz respeito a um eventual benefício político que o PT poderá ter, a partir da briga pedetista cearense.
Faz todo sentido. Líderes que não conseguem sequer sentar à mesma mesa ficam chamuscados pela incapacidade de diálogo. Com que discurso chegarão a potenciais aliados ou ao grande público, para venderem projetos de gestão pública?
Enquanto isso, o PT local, apesar das tradicionais e conhecidas desavenças internas, segue pregando unidade, alinhamento e discurso uníssono de que terá candidato a prefeito. Simples assim.
O desafio de ser a maior sigla
A crise que se abate sobre o PDT-CE aponta na mesma direção do que aconteceu com outros grandes grupos políticos do Estado.
O caso mais lembrado é o PSDB-CE, que já esteve no topo, com o maior número de prefeitos e parlamentares – além de controlar o Governo do Estado.
Uma das diferença é o fato de Tasso Jereissati não ter conhecido tucano algum que se arriscasse a bater de frente com ele – como hoje acontece com pedetistas.
Os que não quiseram ficar simplesmente deixaram o ninho tucano.