Como as eleições de 2024 poderão impactar a disputa de 2026

O petista De Assis é líder do bloco governista na Alece / Junior Pio/divulgação

Sem meias palavras, o líder do bloco governista na Assembleia Legislativa (Alece), deputado De Assis Diniz (PT), disse, durante pronunciamento, que o partido terá candidatura própria à Prefeitura de Fortaleza, em 2024, e o deputado federal José Nobre Guimarães (PT) será candidato ao Senado, em 2026.

A declaração foi, até aqui, a mais concreta versão do combo que o PT quer fazer, interligando o pleito municipal, no ano que vem, às eleições gerais, daqui a três anos e meio. Isso é bom e é ruim. Vejamos.

O lado positivo, para o PT, é a força de organização e articulação exibida pela legenda. Também reflete o pragmatismo do grupo, num momento em que há histórico alinhamento entre os palácios da Abolição e Planalto,

Na outra ponta, porém, é evidente a busca de hegemonismo pelo PT. Nos cálculos do partido, na hipótese de chegar à Prefeitura de Fortaleza, no ano que vem, o caminho fica livre para a formação de uma chapa estadual, basicamente definida pelo PT, em 2026. Provavelmente puxada pelo governador Elmano de Freitas (PT).

Nesse caso, fica faltando somente combinar – além de com os eleitores, claro -, com os aliados. Há muitas forças, de vários tamanhos, matizes e interesses, que certamente não se contentarão em assistir, da plateia, a estes e outros arranjos.

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