Espécie de fetiche da imprensa e dos próprios governos, os 100 primeiros dias da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfim, chegaram. Por óbvio, aliados e adversários têm avaliações opostas sobre o desempenho do petista até aqui.
Uns consideram que o governo começou muito bem e já tem o que mostrar. Outros palpitam que a boa vontade e paciência da opinião pública estão se aproximando do limite. Tire suas conclusões, caro leitor.
É inegável, porém, que vem de fora do governo um dos pontos a serem comemorados pelo Palácio do Planalto: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bolsonarismo.
Faça o teste: em regra, lulopetistas começam pelo governo anterior a avaliação sobre o atual. Muitos descambam a falar sobre os desmandos cometidos por Bolsonaro, deixando os supostos feitos de Lula para o complemento.
É uma distração política, à medida em que ficam repisando argumentos que levaram à apertada vitória eleitoral. Numa leitura mediada, é como se Lula, que escolheu Bolsonaro para duelar, no ano passado, seguisse dependente do bolsonarismo.
Não é assim que deveria funcionar. Governo que tem, efetivamente, o que mostrar, dispensa comparações.
Governo Elmano de Freitas tem o que comemorar
As promessas de campanha começam a sair do papel e, politicamente, há uma base aliada, ainda em construção, que caminha para a solidez. Nos 100 primeiros dias, o governo Elmano de Freitas tem mais o que comemorar do que o presidente da República. Em destaque, há as ações de combate à fome e a redução de filas de cirurgias eletivas, que estão virando realidade. Em relação à Assembleia Legislativa, não há do que reclamar. Pelo contrário.