Numa semana atípica, está sendo intensa a movimentação nas áreas da saúde e educação públicas, nos cenários local e nacional.
No Ceará, a Assembleia Legislativa decidiu que hospitais municipais poderão entrar no mutirão de cirurgias eletivas, puxado pelo governo Elmano de Freitas (PT).
Outra votação dos parlamentares decidiu que concursados da área serão chamados pelo Governo do Estado.
Em Brasília, a polêmica suspensão do novo ensino médio virou uma das pautas do dia. Há muito barulho no entorno.
Noutra frente, divulgou-se que vieram para Fortaleza metade dos recursos que o MEC, pilotado por Camilo Santana (PT), enviou para o Estado.
Vedetes eleitorais
Os pontos acima, que mexem com vidas e futuro de milhões de pessoas, vão confirmando por que saúde e educação são tradicionais vedetes em disputas eleitorais.
Nas eleições municipais de 2024 não será diferente.
Já há, embora ainda discretamente, a percepção de que os dois gigantescos segmentos entrarão no debate eleitoral do ano que vem.
A questão central será a forma e em que termos a discussão será colocada para o distinto público-eleitor.
Isso, partindo-se do pressuposto que os grupos políticos hoje alojados no Palácio da Abolição e no Palácio do Bispo estejam em palanques diferentes.
Exemplos
Na saúde, há avanços inquestionáveis no âmbito estadual, mas na Capital ainda é grande a demanda do Interior.
Não há números fechados, recentemente, mas estimativas apontam para altos índices de pacientes atendidos em equipamentos municipais locais.
A política de saúde baseada em ambulâncias, para lá e para cá em BRs e CEs, indo e voltando para Fortaleza, ainda faz parte da realidade.
Já na educação, o Ceará segue fazendo bonito nos rankings nacionais. Somos tidos e vendidos Brasil afora como modelo.
O Município de Fortaleza, entretanto, contribui para o avanço do Estado nas listas campeãs, quando comparado com o cenário de mais ou menos uma década atrás.
Ou seja, na média, a rede de ensino da Capital puxa, para cima, a média da educação pública estadual.
Isso posto, é aguardar como serão montadas as narrativas de lado a lado, em áreas nas quais a entrega de resultados deve estar acima de querelas políticas.
