Atenção, políticos! Ao trabalho! O ano não começa somente depois do Carnaval

O Brasil tem uma extensa, profunda e complicada agenda / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O atabalhoado governo de Jair Bolsonaro (PL)não deu certo – tanto que foi reprovado nas urnas -, entre outros pontos, pelo fato de o então presidente não ter descido do palanque um só dia. Na internet, no cercadinho ou em cima de uma moto, o ex-mandatário gastou muito tempo incitando, atacando e xingando.

Corta para 2023. Com nova gerência, o Brasil tem uma extensa, profunda e complicada agenda, em praticamente todas as áreas. Das contas públicas ao meio ambiente; do combate à fome à imagem do País lá fora; da saúde às energias renováveis.

É urgente, portanto, que os governos, os parlamentos e instituições em geral botem a bola no chão, permitam que a poeira baixe e comecem a propor, debater e encaminhar projetos e ações que, no conjunto, possibilitem que a pauta flua.

Como quase tudo na vida e na política é questão de exemplo, que tal o presidente da República e o comando do Congresso Nacional, agora que está todo mundo eleito, empossado e coisa e tal, começassem a trabalhar, efetivamente?

Procede que os fatos não dão trégua. Há, inclusive, sérios desdobramentos a acontecer. Entretanto, até pelo altíssimo custo financeiro
da classe política, o Brasil precisa combater o estigma de que o ano só começa depois do Carnaval.

Banco Central: os primeiros sinais de retrocesso

Lula irritou-se com taxas de juros / Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula se deu ao direito de ficar irritado, nos últimos dias, quando falava sobre taxas de juros no Brasil. Lá pelas tantas, citando o Banco Central, deixou nas entrelinhas que não gosta da independência da principal instituição financeira nacional. É um sinal muito ruim. Pode significar que o petista vai tentar quebrar a autonomia do BC. Ter o “banco dos bancos” como puxadinho do Planalto ajuda na politicagem, mas é péssimo para a reputação do País.

Os federais e a Capital
Na última sexta-feira (3), aqui foi dito que vários deputados federais tentaram e não conseguiram ser eleitos prefeitos de Fortaleza. Foram citados Moroni Torgan, Inácio Arruda, Luizianne Lins e Capitão Wagner. Um atento interlocutor da coluna fez um acréscimo. Também concorreram Antonio Cambraia, Ronaldo Martins, Célio Studart e Heitor Freire. Aproveitando a deixa: a distância política, não somente geográfica entre a capital cearense e Brasília, é uma das explicações para as derrotas. Tanto que deputados estaduais têm melhor histórico.

Eleição na ACMP
A Associação Cearense do Ministério Público (ACMP) elege nova Diretoria e novo Conselho Superior no dia 10 de fevereiro, para o biênio 2023/2025. Apenas uma chapa está inscrita para o pleito, a “União e Independência”, encabeçada por Herbet Gonçalves Santos. Poderão votar associados que estiverem com seus direitos estatutários em dia.

Inhamuns
Próceres do PSD-CE ainda aguardam convite para sentar à mesa com o governador Elmano de Freitas (PT). O partido é controlado por Domingos Filho, líder político dos Inhamuns. A propósito, Tauá, que já teve o próprio dirigente, a mulher, Patrícia Aguiar, e Audic Mota como deputados estaduais, atualmente está sub-representado na Alece.

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