Economia, saúde e educação: o Brasil que Lula vai governar

Economia teve altos e baixos nas últimas duas décadas / Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) herdou um Brasil de Jair Bolsonaro (PL) muito diferente do recebido de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), há exatos 20 anos. Seguem alguns dados comparativos – alguns melhores, alguns piores -, que ajudarão a entender o tamanho do desafio do atual governo e que País o petista poderá repassar para seu sucessor.

Economia: em duas décadas, o PIB passou de US$ 558,2 bilhões para US$ 1,6 trilhão (Banco Mundial/2021); O desemprego foi de 12,3% para 8,7%; éramos a 11ª economia. Hoje, somos a 13ª.  Lula recebeu o Brasil em 2023 com inflação de 12,53%. Para 2022, o teto projetado é de 6% (INPC). O Brasil voltou ao mapa da fome, do qual tinha saído durante os governos do PT; o salário mínimo em 2023 será de R$ 1.320, o que equivale a 5,5 vezes mais do que os R$ 240 de 2003. Não houve aumento real nos últimos quatro anos.

Saúde: a expectativa de vida do brasileiro ao nascer saltou de 67 anos para 72 anos nas últimas duas décadas; a mortalidade infantil desceu de 22,5 a cada mil vidas para 12,2. Educação: o analfabetismo de pessoas com mais de 15 anos reduziu de 11,8% para 6,6% (Pnad Contínua/2019); no teste do Pisa/OCDE, a nota média de leitura subiu de 403 para 413 pontos, entre 2003 e 2018. Em matemática, fomos de 356 para 384. O número de “nem-nem” era 7,7%. Atualmente, são 8,52%.

O governo Bolsonaro foi pior, mas o País está melhor


O presidente Lula já disse, na campanha e depois de eleito, que o Brasil de hoje está pior do que o de 20 anos atrás. O governo sim, quando comparado ao de FHC. Bolsonaro desarranjou muitas áreas e frentes, conforme vem dando conta o noticiário. Mas o Brasil não está pior, se for visto em perspectiva da curta história das duas décadas recentes, mesmo com tantos solavancos. Mas aqui entra a dinâmica das narrativas, perfeitamente cabíveis em processos políticos e eleitorais do tipo.

O ex, FHC, e o atual, Lula / Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O avião e o direito de pilotar
Para além do Brasil eleitoral, palanques e paixões, há um País a ser governado. E, diga-se, uma das tarefas tidas e havidas como das mais desafiadoras do mundo político mundial. Lula terá de usar, como nunca antes na história desse País, talento de persuasão e liderança política. Quatro anos passam rapidamente, o mundo político não esquece o prometido e as próximas eleições sempre estarão batendo à porta. Para usar uma metáfora do momento, todos estamos no mesmo avião, mas foi o lulopetismo que buscou e conquistou o direito de pilotá-lo.

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