Gestão Sarto, obras públicas e eleições 2024

Nova Beira-Mar está entre 59 obras entregues em 2022 / Kaio Machado/PMF

O anúncio da requalificação, paisagismo e urbanização da Praia de Iracema pode ser visto na linha do tempo que leva às próximas eleições municipais.

Com previsão de início em abril, as obras têm prazo de execução de 18 meses. Se tudo der certo e nada der errado, será entregue em outubro de 2024.

Nesse período, os agentes políticos da Capital estarão com o bloco na rua, a fim de permanecer, chegar ou voltar ao controle do Paço Municipal.

Durante evento de lançamento, o prefeito José Sarto (PDT) disse que a repaginada está sendo maturada desde o início da gestão.

De qualquer forma, o projeto PI será parte do esforço que o grupo do pedetista fará para seguir à frente da PMF, a partir de janeiro de 2025.

Outros movimentos já aconteceram – mexida no secretariado municipal e postos de destaque na CMFor, há alguns dias.

Outros poderão vir, a depender de como ficarão as relações do PDT de Sarto com o PT do governador Elmano Freitas.

Termômetro de gestão
Voltando às obras em Fortaleza. Ou melhor, de todo o Brasil.

A cultura política nacional tem fetiche por infraestruturas públicas. Chega a ser termômetro de aprovação ou desaprovação.

Políticos tidos como viabilizadores de obra são, em geral, considerados candidatos competitivos.

Isso serve para prefeitos, governadores, presidentes e parlamentares em geral, que não dispensam o nome na placa de inauguração.

O Estado do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza são dois exemplos disso. Ex-governadores e ex-prefeitos são avaliados – também -, por esse quesito.

Desafio de Sarto
Mas, somente fazer e entregar obras não são critérios em si. Esse talvez seja um dos desafios do prefeito Sarto.

A imagem do pedetista ainda é muito vinculada à do antecessor, Roberto Cláudio, considerado um tocador de obras. Sarto carece dessa marca.

E não é por falta do que mostrar. Somente em 2022, segundo ano de gestão, foram entregues 59 novos empreendimentos.

Outras 140 estão em execução e a gestão prevê o início de outras 120, com R$ 376 milhões investidos nas 12 regionais.

Não parece. Imagem de gestão não é a construída somente por especialistas e assessores em gabinete.

Isso faz parte. Mas é o conjunto das percepções, do grande público aqui fora, que consolida o nível de satisfação.

Se esses pontos não forem revistos ou melhorados, efeitos eleitorais das ordens de serviço ficarão mais distantes e difíceis.

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