A fórmula é conhecida, testada em todo o Brasil e com baixas chances de dar errado – apesar de efeitos adversos.
É simples. Quanto mais governos estaduais conseguem puxar prefeitos para perto de si, mais terão vida longa e tranquila.
Com alguns ajustes políticos, muito próprios de cada ciclo do poder, deverá ser assim na gestão Elmano Freitas (PT).
Governo do momento
Já tivemos no Ceará a maioria de prefeitos e deputados filiados ao PSDB – partido dos governos do momento. Depois, veio o PDT.
Não. Não está no horizonte esse fenômeno acontecer com o PT no Estado – embora a maioria queira ficar à sombra do petismo.
Uma grande leva de filiações está descartada. Nesse ponto, o partido de Elmano e do presidente Lula é, digamos, muito peculiar.
Quem está dentro tem receio de quem pode entrar. Quem está fora tem receio do que o espera lá dentro.
Todos sabem, porém, que é a proximidade que constrói pontes, tendo em vista as eleições de 2024 e 2026. Movimentos já começaram.
Há muito a acontecer. Seguem incógnitas os rumos das duas maiores siglas no Estado, PDT e PSD, e do próprio União Brasil.
Força política
Com o apoio ostensivo da cúpula nacional do partido, poderemos ter a maior ofensiva petista rumo a prefeituras municipais.
Elmano está com meio caminho andado. O petista venceu em 9 dos 10 maiores municípios do Ceará e perdeu somente em 5 de todos os 184.
Já o presidente Lula, principal cabo eleitoral do atual governador, bateu os adversários no Ceará inteiro.
Mas isso não é tudo. Elmano precisará de expressivos resultados de parcerias com chefes de Executivo locais – o que se mostra viável.
Já há uma rede de interações político-administrativas, construída entre o Abolição e prefeitos, nos governos Cid Gomes (PDT) e Camilo Santana (PT).
E para tocar as articulações, Elmano contará com assessores experientes: Nelson Martins, Artur Bruno e Waldemir Catanho.
As condições estão dadas.
