Manifesto pode ser embrião de alianças para 2022

Um nome de terceira via pode quebrar a polarização política que surge no horizonte

Chamou muito a atenção no meio político o “Manifesto pela Consciência Democrática”. Menos pelo conteúdo em si, também importante, mais pelos nomes que o subscreveram, “lançados”, cotados ou pelo menos citados como candidatos à sucessão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022: o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), ambos do PSDB, João Amoêdo (Novo), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Luciano Huck (sem partido). Não está de todo descartada a possibilidade de aliança no sexteto, que resultaria em pelo menos duas chapas presidenciais – há várias combinações possíveis. Isso prosperando, o manifesto terá sido o melhor lance, até aqui, para  tentar desmontar a polarização bolsonarismo-lulopetismo.

Bolsonaristas e petistas, prováveis polos, acusaram o incômodo com o sexteto
Tanto foi exitosa a iniciativa do manifesto que reuniu pré-candidatos presidenciais que a reação foi imediata. Sem esconder o incômodo, bolsonaristas, de um lado, e petistas, do outro, logo trataram de fazer críticas. O PT, que perdeu uma boa chance de fazer coro à defesa democrática, foi às redes destilar mesquinhez. Já os palacianos ironizaram. Previsível.

Por um projeto nacional
Mandetta ou Amoêdo para vice em chapa encabeçada por Ciro, prévia no PSDB entre Doria e Leite, Huck em chapa tucana – o sonho de FHC -, são cenários possíveis, tanto quanto desafiadores. Há um complexo projeto político nacional a ser construído, com pouco tempo hábil para isso.

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