Eleições 2024: favoritismo e tabu em Juazeiro do Norte
Começando pelo que é mais visível: o prefeito de Juazeiro do Norte (Cariri), Glêdson Bezerra (Podemos), é um alvo a ser abatido – ou acolhido -, pelos adversários, na disputa eleitoral do ano que vem.
De acordo com pesquisa exclusiva O Otimista/Real Time Big Data, a gestão do declarado pré-candidato à reeleição é aprovada por 58% dos entrevistados. Outros 32% reprovam a administração.
Na modalidade estimulada, Glêdson tem 33% das intenções de voto para mais quatro anos de mandato. Na espontânea, o prefeito tem espantosos 24%.
Em seguida, na estimulada, vem o deputado estadual Davi de Raimundão (MDB), com 18%. Também com dois dígitos aparece o ex-prefeito Arnon Bezerra (PDT), com 16%; o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Santana (PT), chega a 6%.
Comedido, politicamente, e com muitos frutos da gestão ainda a colher, Glêdson caminha para entrar na safra eleitoral com invejável força eleitoral.
Agora, a lenda. Juazeiro nunca reelegeu seu prefeito. A coincidência política é atribuída a Padre Cícero, referência mítica da região. A oposição, claro, difunde a narrativa.
A conferir. Na política, lendas e tabus, a exemplos de tantos por aí, existem para serem superados.
Disputa na Capital do Cariri é sempre jogo em aberto
Um dos principais municípios do interior do Nordeste, Juazeiro do Norte tem comércio, serviços e turismo projetados, nacionalmente.
Não menos pulsante, a política local atrai olhares e interesses de todo o Estado do Ceará.
É clássica a peregrinação de candidatos majoritários – inclusive presidenciais -, à “terra de Padin Ciço”, durante campanhas eleitorais.
A ebulição nos ajuda a entender porque a briga pela prefeitura é sempre um jogo em aberto.
Partido orbita Abolição
Filiado ao Podemos, à época o mesmo partido do senador Eduardo Girão (hoje no Novo), Glêdson Bezerra disputou a Prefeitura de Juazeiro com o candidato à reeleição, Arnon Bezerra (à época no PTB, hoje no PDT).
Apesar do indeferimento da candidatura, Glêdson ganhou por pequena margem de votos.
Atualmente, o partido do prefeito orbita o governo Elmano de Freitas (PT), mas ele mantém diálogos com o grupo do Capitão Wagner (União Brasil).
Em 2022, Glêdson, inspetor da Polícia Civil, declarou voto em Bolsonaro (PL).