As eleições em Fortaleza e o mito da unidade política

A sede da PMF, em disputa no ano que vem / Divulgação

O final de semana foi marcado por declarações de pelo menos três lideranças relevantes no contexto das eleições municipais do ano que vem.

Todas na linha da unidade política. Vamos lá.

O novo presidente do Diretório Estadual do PSB, Eudoro Santana, disse que vai “trabalhar unido” para puxar Evandro Leitão para o partido.

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual é uma das apostas da base governista estadual para a sucessão do prefeito José Sarto (PDT).

O governador Elmano de Freitas (PT) foi além. Citou vários partidos que lhe dão sustentação política e afirmou que deverão “marchar juntos”.

Pré-candidata pelo PT, a ex-prefeita Luizianne Lins declarou que “o ideal é que a gente saia com unidade” para a disputa eleitoral.

Centro-direita
Nos últimos dias, o pré-candidato pelo União Brasil, Capitão Wagner, também sinalizou a necessidade de diálogo com outras forças de seu campo.

A saber, com o PL dos deputados André Fernandes (federal) e Carmelo Neto (estadual) e o Novo do senador Eduardo Girão.

Os três admitem a possibilidade de candidaturas a prefeito, o que é visto como potencial fragilidade para Wagner, já que UB, PL e Novo disputam, praticamente, o mesmo perfil de eleitor.

Três comentários
1 – Tanto a centro-esquerda quanto a centro-direita na Capital está desunida. Se assim não o fosse, não haveria a necessidade de projeções do tipo.

2 – Todos falam em unidade, diálogo etc e tal, mas é aquela história: desde que meus interesses se sobressaiam aos deles.

3 – Não existe unidade em política, no sentido etimológico da palavra – único, indivisível. O que há são contextos nos quais acordos pontuais fazem sentido.

É o que comumente chamamos de aliança ou coligação partidária.

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