Há duas décadas, a então deputada estadual Luizianne Lins desafiou a cúpula nacional do PT e o governo Lula. Foi candidata e eleita prefeita de Fortaleza, nas eleições de 2004.
À época, Camilo Santana fazia política em Barbalha. Elmano de Freitas, em Baturité. José Nobre Guimarães, que já disputava a hegemonia do PT-CE, apoiou Inácio Arruda (PCdoB). De lá para cá, quase tudo mudou. Menos Luizianne. Ela segue gostando de uma boa briga política.
Um olho em 2024; outro em 2026
José Guimarães pensa alto e tem ambições políticas de longo alcance. Alinhado ao Abolição, o líder do governo Lula na Câmara dos Deputados olha para 2024 como um rito de passagem para 2026 – quando teremos eleições estaduais. Leia-se: disputa para duas vagas no Senado.
Ele quer uma. Nesse cálculo, as eleições em Fortaleza têm peso diferenciado. Guimarães investe, na Capital e no Interior, em nomes que possam lhe fortalecer e aumentar seu poder e influência no próprio partido, no Governo do Estado e em Brasília.
Em dois turnos
Sem um nome de centro, as eleições em Fortaleza no ano que vem deverão ter quatro palanques competitivos – do centro-esquerda à centro-direita. PT e PDT deverão disputar um espectro do eleitorado. Do outro lado, estarão União Brasil e PL.
Eis o motivo pelo qual há pouca discordância sobre o fato de ser um pleito em dois turnos de votação.
