Voto útil versus voto camuflado,
mascarado, acanhado e outros tipos

Institutos apontam cenários de disputa desencontrados / Reprodução

Eis que, entrando na reta final, a campanha lulista baixa o pé na estratégia de carrear voto útil, na perspectiva de ganhar a disputa no primeiro turno, no dia 2 de outubro. Na outra trincheira, o bolsonarismo acentua os esforços para, entre outros pontos, reativar o antipetismo, visando a levar a decisão para 30 de outubro. Muitos, particularmente os agregados ao arco de aliança em torno do ex-presidente Lula, estão se fiando nas sondagens de intenção de voto que, na média geral, acenam com a vitória para o candidato do PT.

Não vamos entrar no mérito e histórico de acertos de alguns desses institutos – que merecem respeito e têm credibilidade -, nem separá-los da maioria, que se especializou em massagem de índices, ao gosto e interesse do freguês. Até porque, numa eleição como essa, de 2022 – imprevisível, acirrada, contaminada e até mesmo violenta – , há muito mais do que supõe a vã ciência política ou consegue captar a cartela de opções presidenciais.

Sem querer antecipar a defesa dos institutos, nos prováveis erros grosseiros de muitas projeções que hoje chegam à praça, há muito voto escondido neste pleito, que ainda não foram para os relatórios. Estão, muitas vezes, camuflados, sob o manto da insegurança; mascarados, sinalizando para um lado e indo para o outro, ou simplesmente acanhados, como se costuma chamar o sufrágio de quem não fica à vontade em declarar em quem vai votar, cabendo isso somente a ele e à cabina de votação.

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