Os fatos conhecidos, publicamente, envolvendo o PDT-CE, estão contando um dos mais tristes capítulos da recente história política do Estado.
Brigas intestinas, em si, já são lamentáveis. Essa é mais ainda, por envolver dois dos personagens mais relevantes do jogo do poder desta geração.
Ex-governadores. Um, senador. O outro, presidenciável. Figuras de dimensão nacional. O mais tocante de tudo isso: são irmãos, crescidos debaixo do mesmo teto.
Infelizmente, vez por outra é assim. Contudo, ficam lições e aprendizados. Um dos principais recados é para a costumeira mistura entre política e família.
Nossa cultura é prodígia nisso. De parentes que mandam e desmandam em gestões, nos cafundós interioranos, a revelações bombásticas, como a de Pedro Collor, que derrubou o irmão da Presidência da República.
Outro ponto é a impessoalidade. Não pode ir bem uma política em que questões familiares, rancores, mal querências e piadinhas dominam o noticiário.
A pauta deveria ser outra. Isso nem combina com um estado que precisa, inexoravelmente, transformar grandes potenciais em resultados, para crescer e se desenvolver.