A guerra política do perde-perde no PDT do Ceará

André e Cid lideram conflito pelo controle do partido / Reprodução

Qualquer guerra, no sentido literal da palavra, é irracional, embora de lado a lado sejam colocados argumentos que justificariam matar ou morrer.

A política, como extensão desse tipo de conflito, também deixa vítimas. Em algumas situações, como a briga a céu aberto protagonizada pelo PDT-CE, sem vencedores. Todos estão perdendo.

As fraturas expostas pela animosidade intestina joga estilhaços tanto no grupo de André Figueiredo quanto no de Cid Gomes – para ficamos somente nos dois personagens mais vistosos do conflito.

O jogo do poder é feito, simbolicamente, de embates, empurra-empurra, cotoveladas e até lances abaixo da linha da cintura. Mas há um traço claro do respeito mútuo.

Quando o marco político-civilizatório é cuspido e o xingamento passa a substituir a defesa de ideias, quase nada de bom – se houver -, se pode esperar.

E claro que a insanidade pedetista vai adentrar a campanha eleitoral do ano que vem, em todo o Ceará. Com um sórdido detalhe: o pior adversário é um ex-aliado.

Quer testar e saber o que, de verdade, seu ex-amor pensa de você? Peça o divórcio. Principalmente, se tiver havido traição. E parece ter sido o caso dos pedetistas cearenses.

Capitão Wagner pode ter razão

O pré-candidato a prefeito de Fortaleza / Edimar Soares

A briga no PDT-CE descolou, totalmente, do confronto sobre quais seriam os melhores projetos para o Estado do Ceará e as prefeituras cearenses.

Diferentemente disso, o cerne é ser governista ou oposição ao governo Elmano de Freitas (PT), apoiar ou não a reeleição do prefeito José Sarto (PDT), interesses de deputados etc.

Ou seja, o velho e surrado esquema de poder pelo poder. Por esse prisma, o prefeiturável Capitão Wagner (União Brasil) pode ter razão.

PDT e PT: disputas distintas
Olhando-se para o refrega pedetista, surge a comparação com a situação petista. É diferente.

Desde o início, os debates no PT evoluíram para a questão unânime de candidatura própria a prefeito de Fortaleza, em 2024.

Agora, se discute quem será o nome. Já no PDT há o natural nome de José Sarto, cujo lançamento à reeleição não é ponto integralmente pacífico.

De qualquer forma, está cada vez mais distante a tese do senador Cid Gomes, de juntar PDT e PT, quando nem os próprios partidos se entendem, internamente.

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