A presidente do Lide Ceará, empresária Emília Buarque, sugeriu, nesta quinta-feira (21), a criação de um grupo de trabalho para dialogar, com o Banco do Nordeste, os melhores caminhos para a redução da burocracia.
A boa proposta surgiu ao final do Fórum Nordeste, autodenominado espaço público privado de desenvolvimento econômico e social da região. O evento teve como palestrante o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara.
A iniciativa de Emília não poderia ter vindo em melhor momento. Aconteceu, justamente, quando a nova gestão da instituição financeira – a maior de desenvolvimento regional da América Latina – tomou pé dos potenciais e desafios do banco.
Com quase 300 agências, presentes em mais de 2 mil municípios, o BNB precisa destrinchar melhor os meandros burocráticos que ainda separam as dezenas de bilhões de reais de milhares de empreendedores.
O tema foi o mais citado na roda de empresários, no Gran Marquise, que atentamente ouviram Paulo Câmara. Ex-governador do vizinho Pernambuco, o presidente sabe que, mesmo sob uma legislação rigorosa – e tem de ser assim – é preciso enxugar protocolos e otimizar processos.
O próprio presidente do BNB sinalizou nesse sentido, quando disse, na apresentação, que “o Nordeste tem pressa”. Tem pressa sim, embora a burocracia seja um fardo que, no limite, possa fazer com que o futuro na região demore a chegar.
Região é diferencial político para o lulopetismo
A atuação do Banco do Nordeste, na atual gestão do presidente Lula, acontece sob forte expectativa.
Não somente pelo novo momento de expansão por que passa a instituição. Também pelas circunstâncias políticas.
O Nordeste foi decisivo para a volta do petista ao Planalto; a região tem grandes líderes na Esplanada dos Ministérios e no Congresso Nacional.
Não menos importante: o presidente do BNB é um ex-governador nordestino.
