Por mais transparência nas contas do Estado

Por mais transparência nas contas do Estado

O ex-governador Camilo Santana (PT) / Divulgação

O ex-governador Camilo Santana (PT) é festejado como um dos principais líderes políticos do Ceará.

Senador licenciado, o hoje ministro da Educação é apontado como o principal responsável pela eleição do sucessor, Elmano de Freitas (PT).

Mas, a que preço? É o que questiona a oposição, num momento em que vem a público a situação, aparentemente preocupante, das contas do Estado.

Nos bastidores, a leitura corrente é a seguinte: Camilo não teria economizado para consolidar seu projeto de poder.

Uma amostra disso aconteceu, justamente, no calor da campanha do ano passado, quando prefeitos, de pires na mão, faziam fila para declarar apoio a Elmano.

Camilo consolidou e capilarizou sua liderança em todo o Ceará, com a presença maciça da gestão estadual nos 184 municípios.

Mas, para além do possível desequilíbrio do jogo eleitoral, isso tem um alto custo financeiro e fiscal – com consequências imprevisíveis, para o presente e o futuro do Estado.

E a conta não tardou a chegar. Já entrou e se instalou no atual governo do PT.

Fora do lugar
É uma prática corrente a contratação de dívidas públicas de longo prazo – em alguns casos, passando de décadas para serem pagas.

Até mesmo porque há as carências – a partir de quando as faturas começam a chegar.

Ou seja, inevitavelmente, governos atuais pagam contas de exercícios anteriores.

Da mesma forma, os atuais governos contraem esse tipo de compromisso, para as próximas gerações quitarem. Em todos os níveis é assim.

Até aí, nada demais. É esse o clássico caminho de entes federados – ricos, pobres e remediados -, para fazerem investimentos.

Isso. Para fazer investimentos. Quando novas operações são feitas para pagar outras contas em aberto, certamente há algo fora do lugar.

Particularmente, num período em que os ventos econômicos estão desfavoráveis – dólar e juros altos.

Eis um dos motivos pelos quais governos tomam melhores decisões quando acompanhados de perto – de forma independente e transparente.

É isso o que a sociedade, que banca governos, espera.

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