Sobre reeleição de prefeitos e apostas para 2024

Fortaleza reelegeu todos os candidatos / Ministério do Turismo

A primeira informação é uma boa notícia para os atuais prefeitos: no último pleito (2020), o índice de reeleição dos chefes de Executivo em todo o Brasil chegou a 63%.

Em 2016, a taxa foi menos da metade: 46,4%; quatro anos antes (2012), subiu para 55,4%. Nas eleições de 2008, houve 68,8% de reeleições. Em 2004, 57,8%.

Mas, como sabemos, estatística sozinha não coloca voto na urna. Contudo, ajuda bastante, caso os consultores façam o dever de casa.

Em outras palavras, é preciso identificar os fatores que poderão influenciar o humor do eleitor na hora de conceder mais quatro anos de mandato.

Pandemia e impeachment
Exemplos: em 2020, as eleições municipais ocorreram no meio da pandemia. A restrição prejudicou opositores e evidenciou a ação dos gestores.

A disputa anterior (2016) aconteceu no auge da Lava Jato. Foi o ano do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O PT encolheu 60%.

De maneira geral, fatores econômicos influenciam – quando não são determinantes na hora de digitar os números.

O raciocínio é simples: se a economia não vai bem, entra menos dinheiro nos cofres, o que quer dizer menos obras e serviços.

Daí a importância da saúde financeira e fiscal das gestões – nem que isso signifique capacidade de endividamento.

100% de aproveitamento
Até aqui, Fortaleza tem 100% de aproveitamento na reeleição de prefeitos: Juraci (2000), Luizianne (2008) e RC (2016).

Para 2024, a grande aposta é a força do PT, atualmente no controle do Governo Federal e vários Estados – caso do Ceará.

Especula-se, também, muito acirramento ideológico, numa espécie de municipalização do que aconteceu nas últimas duas eleições gerais – 2018 e 2022.

O mais provável, porém, é acontecer uma mistura dos dois, somado a outras variáveis.

De qualquer forma, como dito, são apostas. Ainda não inventaram na política nada que substitua uma exitosa entrega de resultados, aliada a uma eficiente articulação política.

E, claro, uma boa dose de comunicação. Daí ser essencial, no caso do prefeito José Sarto (PDT), fazer isso cada vez mais e melhor.

Como diz a lição da galinha e da pata, não adianta pôr ovos se quase ninguém ficar sabendo.

Tem que cacarejar.

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