A importância de Elmano na comitiva de Lula à China

Governador vai focar em energias renováveis / Divulgação

As projeções oscilam um pouco, mas não há dúvida de que a China assumirá a liderança da economia mundial ainda nesta década – cinco anos antes do previsto.

A depender dos ventos políticos, o fato histórico acontecerá ainda durante o atual ciclo de poder no Brasil e no Ceará.

Por essas e outras, os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Elmano de Freitas enxergam um raro alinhamento de planetas na visita que farão ao país asiático.

O presidente leva na comitiva, além dos mais de 200 convidados, o portfólio de um País ávido por investimentos. Parte do entusiasmo pode aportar no Ceará.

Em sua primeira viagem internacional enquanto governador do Estado, Elmano pretende carimbar em seu passaporte político o que poderá ser o início de um novo ciclo para o Estado.

A viagem ao Oriente será na última semana deste mês de março – começa no dia 24. Além de Elmano, estão na lista os deputados José Guimarães (PT) e André Figueiredo (PDT).

Incremento na pauta
O país asiático é, atualmente, o principal parceiro comercial de 135 países – do Brasil, inclusive. Grosso modo, vendemos commodities e compramos artefatos com tecnologia embarcada.

Para além dos bilhões que vão e vêm, é uma lógica comercial duplamente desvantajosa para o Brasil. A pauta precisa ser incrementada.

O Ceará tem força para ajudar a virar essa chave. A mega aposta passa pelas energias renováveis. Maiores credores do mundo, os chineses, por óbvio, têm interesse em fazer pesados investimentos no setor.

Desde as legiões que ergueram, na força bruta, as maravilhas do mundo antigo, nenhum povo cresceu em escala global sem aporte de energia.

A grande diferença é que, agora, a sustentabilidade do planeta deixou de ser um mero protocolo.

No dizer dos mais animados, uma nova fronteira pode estar se abrindo nesse trilionário universo, com potencial de colocar o Ceará em outro patamar.

De olhos bem abertos
Mas nem tudo é animação. Promessas de parceria à parte, a memória nos faz lembrar episódios nos quais o Ceará acreditou demais.

Corriam os anos áureos dos governos do PT quando o Estado ficou encantado com a ideia de uma refinaria. A maioria lembra como a história acabou.

Por uma dessas coincidências que somente a política é capaz de gerar, Lula está de novo no poder e, mais uma vez, flerta com os asiáticos.

Mas há, felizmente, para o Ceará, uma diferença fundamental: agora, é muito mais estreita a margem de manobra de Lula.

Quanto a Elmano, valem a expectativa do que a nova fronteira energética poderá representar para o Estado e a visível vontade que o petista tem de acertar e entregar resultados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *