O que deve e o que não deve ser um candidato a vice

A sede oficial da Vice-Governadoria do Estado do Ceará / Ascom/ViceGov

Há políticos talhados para ser vice. Na regra geral, são personagens discretos, sem ambição política que, para além das prerrogativas do mandato, são cumpridores das funções atribuídas pelos titulares – dos quais são os melhores conselheiros. Estão ali por alguma conveniência da conjuntura ou apelo eleitoral. Nada mais. Sabem, por essência, que não há colégio nem rua com nome de vice, suplente ou ex – e encaram isso com naturalidade. O bom vice sabe o seu lugar. Esse tipo de político, entretanto, está cada vez mais escasso. Salvo as exceções de praxe, definir candidato a vice-prefeito, vice-governador ou vice-presidente da República é desafiador. Os exemplos são inúmeros.

Nada óbice que o candidato a vice esteja ou já tenha cumprido mandato eletivo. Isso até ajuda no traquejo da campanha eleitoral ou ao longo da gestão, caso eleito. A história aponta, porém, que os melhores perfis estão entre os neófitos. A lógica é simples. Ao final do mandato, com a missão cumprida, ele ou ela volta para a vida anterior. No máximo, tenta algum mandato. É justo. Mas nunca chega ao poder com planos de, um dia, ocupar a sala principal. Nada pior para um titular do que um vice que é a cara da conspiração, dia e noite. Ou, o que também não é raro, os que usam o poder do cargo como extensão de seus negócios e seus projetos de poder político e familiar.

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