Acrísio: “A disputa não será fácil”

Deputado defende mobilização de setores sociais / Agência Assembleia

Um dia depois de o pré-candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner, anunciar um amplo leque de aliança e de partidos políticos em torno de sua candidatura, o deputado estadual Acrísio Sena (PT) admite: “A disputa não será fácil – como algumas lideranças chegaram a defender”, disse o petista, através de nota disparada na manhã desta quinta.

Prestes a assumir, formalmente, o União Brasil no Ceará, Wagner deverá reunir em torno de si forças políticas hoje abrigadas no Podemos, PTB, Pros e Avante, e haveria conversas com PL e MDB, entre outros. “É preciso agir, ganhar as ruas, mobilizar as entidades da sociedade civil”, afirma Acrísio, no texto distribuído.

A nota de Acrísio Sena, na íntegra:

União Brasil: puxadinho do bolsonarismo no Ceará

“A filiação do deputado federal Capitão Wagner ao União Brasil causou repercussão no meio político cearense. O parlamentar chega com a missão de comandar o partido, que através de arranjos comuns nos períodos que antecedem as eleições, já é o maior do país. O que chamou atenção na coletiva de quarta-feira(16/03) foi a declaração do deputado de que a sigla terá um “palanque amplo nas eleições de 2022”.

Não precisa ter memória prodigiosa para lembrar que o pré-candidato ao governo comandou a campanha de Bolsonaro em 2018 no Ceará, recebeu apoio do presidente nas eleições municipais de 2020 e, mais recentemente, acompanhou Bolsonaro nas visitas ao estado e teceu elogios à gestão presidencial, definindo-a como de grande estadista, mesmo diante do caos político, econômico e social no qual se encontra o país. Diante de tais fatos e declarações, difícil será dizer para o eleitorado que o União Brasil não será um puxadinho das mais diferentes vertentes do bolsonarismo.

Para o campo democrático, essa movimentação serve de alerta para que PT, PDT e demais partidos da aliança democrática e popular que compõe o governo Camilo sentem para dialogar sobre as estratégias de campanha, plano de governo e mobilização da base de apoio. É hora de chamar as forças progressistas à responsabilidade para o grave momento que se aproxima. A disputa não será fácil – como algumas lideranças chegaram a defender. É preciso agir, ganhar as ruas, mobilizar as entidades da sociedade civil comprometidas com a democracia. O povo brasileiro não pode continuar sendo vítima de tamanho retrocesso.”

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