Os sinais trocados na disputa pelos palácios do Planalto e da Abolição

Palácio da Abolição, a sede do Governo do Estado do Ceará / Divulgação

A relação direta entre política e economia existe desde que o mundo é mundo. No Brasil, onde tudo parece mais enroscado e surreal, não é diferente – muito menos pelo contrário. Olhemos para o plano nacional. Temos o presidente Jair Bolsonaro (PL) sentado em cima de quase 60% de tudo que é arrecadado, caneta na mão e Diário Oficial em cima da mesa. Mesmo assim, está às vias de entrar para a história como o primeiro inquilino do Palácio do Planalto que não conseguiu se reeleger. Lembremos que até Dilma Rousseff conseguiu. Corta para o Ceará, onde o governador, Camilo Santana (PT), sete anos depois de assumir o governo, é a principal liderança do Estado.

De forma científica, empírica ou por qualquer outro parâmetro, é insofismável que, independentemente de outros quadrantes, é a economia a maior base de aprovação da gestão estadual. Na mesma dimensão, é o cenário econômico, presente e futuro, que coloca o governo federal numa das piores performances de opinião pública às vésperas de um ano eleitoral. No Ceará tem planejamento, rigor fiscal, PIB crescente e dinheiro em caixa para investir. Lá, a inépcia deu lugar à governança, o governo opera no vermelho, o PIB patina e não há investimento. Tudo isso, mais carestia, inflação e juros altos, que ricos, pobres e remediados debitam na conta de Bolsonaro.

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