Sobre parlamentos e cobertura jornalística

Brasília não para. Com o apagar das luzes da CPI da Covid, os holofotes são redirecionados, outros debates ganham visibilidade e, assim, a vida brasileira, em grande parte pautada pelo Congresso Nacional, segue novos rumos, no seu conhecido ritmo. Sequer terminou a semana em que o relatório final da investigação foi lido e aprovado e já temos outras importantes discussões no centro das atenções. Isso é bom e é ruim, dependendo dos interesses e personagens envolvidos. Às vezes, longe dos olhos da imprensa e da pressão da opinião pública, o submundo da política emerge, em grande parte, para fazer valer negociações, acordos e votações no mínimo impróprias.

Noutras vezes, a boa cobertura deixa às claras o que está acontecendo, efetivamente, ou impõe a necessidade de mais detalhes sobre decisões que estão em curso. Não, raramente, o que aparenta ser sólido às sombras derrete-se ao calor da luz. Por outro lado, pode encorajar os bons representantes, para seguirem cobrando mais transparência, republicanismo e respeito ao dinheiro do contribuinte. Em tempo: essa dinâmica entre disputa pelo poder e exercício do mesmo versus interesse coletivo não vale somente para a Capital Federal. Nos legislativos estaduais e municipais, a regra é quase sempre a mesma. O bom jornalismo sempre faz a diferença. É assim o jogo jogado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *