2022: Capitão lidera – sem nome definido no PDT e a mais de um ano da eleição

Deputado federal, pré-candidato do Pros ao Palácio da Abolição acumulou robusto recall político / Agência Câmara

A mais de um ano da votação para a escolha do presidente da República, governadores estaduais, deputados e senadores (1/3), pesquisa de intenção de voto tem pouco peso na cabeça do eleitor. Sempre teve. Ainda mais agora, por estes tempos, em que a luta pela vida ainda mantém a luz vermelha piscando e as dificuldades do dia a dia impregnam mais o imaginário coletivo do que os famigerados jingles de campanha. De qualquer forma, os índices trazidos pelo instituto Paraná, projetando um radar pela corrida ao Palácio da Abolição, merecem alguns comentários. Até porque também alimentam olhares, filtros, interesses e expectativas de grupos e indivíduos.

Os números apontam liderança folgada do pré-candidato Capitão Wagner (Pros), que dependendo do nome governista chega a 45,9%. O ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), com 26,2%, é quem melhor pontua, seguido do também pedetista Mauro Filho, com 13,1%. Primeira observação: há meses, Capitão Wagner, que construiu considerável recall nas últimas disputas, é um nome colocado e em pré-campanha. Já na faixa governista, sequer há um pré-candidato. Dependendo da variável, pode-se chegar a meia dúzia de pedetistas que poderão disputar a sucessão do governador Camilo Santana (PT) – cuja decisão até abril, inclusive, poderá mudar todo o cenário.

“Sem Cid, não vale’
A sintética frase acima foi colhida pela coluna de um importante interlocutor da oposição. Pelo raciocínio da fonte, a sondagem do instituto Paraná deveria ter considerado a pré-candidatura do hoje senador da República, Cid Gomes (PDT). Este cenário não veio, o que explicaria a dianteira do Capitão. Segunda observação: na base aliada, é cada vez mais corrente a tese de que, para barrar a oposição, Cid poderá ser empurrado para a disputa do posto que já ocupou. A novidade é que a própria oposição está convencida disso e, na cotação do dia, já trabalha com esse cenário.

Camilo, hoje, é imbatível para Senado
A terceira observação relativa à pesquisa vem das intenções de voto para o Senado. Quando é Camilo o candidato, o hoje governador é eleito com o pé nas costas, atropelando qualquer outro nome colocado – inclusive o senador Tasso Jereissati (PSDB), que na disputa direta com o petista chega a 17,7%. A preço de hoje, Camilo teria de pedir para não ser eleito.

Que tal a chapa Cid-Camilo?
Dispor de opções para a disputa pode ser, mais uma vez, o grande diferencial para o grupo governista. Para seguirem no Governo do Estado, os aliados trabalham com várias camadas de proteção. A última delas, a bala de prata, poderá ser, apesar das controvérsias, Cid para o governo, Camilo para o Senado e o vice indicado por outra importante força aliada. Alguém duvida do arrastão?

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