A situação médica de Bolsonaro como munição política

Internação de presidente foi explorada por apoiadores e detratores/Divulgação

A que ponto o Brasil chegou! O presidente da República na antessala de um centro cirúrgico e as trincheiras – de um polo e do outro -, usando o quadro clínico do mandatário como munição política. É o triste cenário em que a saúde e a vida humana no País estão mais servindo a pretextos para apelos baratos e conhecidas tentativas de comoção, assim como a ataques irracionais, tripudiação e achincalhes. Assim está a situação, no centro da qual Jair Bolsonaro, internado, com histórico de cirurgias e inspirando cuidados médicos, é usado por seus apoiadores. Assim segue a oposição, que deixou de respeitar adversários, mesmo quando fora de combate.

Bolsonaro e os seus colhem o que plantaram. Basta recorrermos à insensibilidade e incompetência – para não entrarmos na seara dos desmandos no trágico manejo da pandemia. Para além do aparente caso de crimes pensados – segundo a CPI da Covid está desvendando -, são incontáveis os episódios de piadas, ironias e insanidades cometidas, diante das centenas de milhares de vítimas pelo novo coronavírus. Perdendo o prumo e errando a mão, a oposição – aqui entram setores da cobertura que fazem jornalismo questionável -, deixa escapar uma chance de mostrar que é diferente. No mais, é lamentar pela pouca transparência com que o Planalto lida com a ficha médica do presidente.

O fator Rodrigo Pacheco nos palanques do Ceará
Eis que o presidente do Senado e um dos líderes do centrão no Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), está cotado para entrar na lista de presidenciáveis em 2022. Em vias de ir para o PSD, a possível cara nova da disputa do ano que vem pode repercutir nos palanques do Ceará. O grupo aqui abrigado na futura legenda de Pacheco – a segunda maior força política do Estado -, já deixou claro que pretende entrar na majoritária. O movimento do PSD nacional pode ser somente mais um aceno do grupo, por mais espaço e verbas federais. E se for mais do que isso?

Como ser um vereador-deputado
Antes negociadas com parcimônia e equilíbrio, as substituições de integrantes nos legislativos estão cada vez mais criativas. A novidade da vez é vereadores da Capital se articulando para assumirem mandatos de deputado, como suplentes, sem a necessidade de renunciarem aos atuais mandatos na Câmara Municipal. Pelas regras atuais, isso não pode. Certo, Ministério Público?

As pedras pelo caminho do Palácio
Está de volta a especulação sobre a saída ou não do governador Camilo Santana (PT) do Palácio da Abolição. O prazo vai até abril de 2022. Renunciando, o petista seria candidato ao Senado, a hoje vice-governadora Izolda Cela (PDT) assumiria e o PDT indicaria o candidato pela situação. Mas há pedras no caminho, cujo objetivo final é apoiar a reeleição de Tasso Jereissati (PSDB).

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