Pandemia: Brasil pagará um alto preço

Da coluna Erivaldo Carvalho, do jornal O Otimista, desta segunda/8:

Eduardo Pazuello é ministro da Saúde do governo Bolsonaro / Agência Brasil

Quem conhece o mínimo de história, geopolítica e como são formadas as reputações de povos e nações ao redor do mundo – até um dia desses concentradas em meia dúzia de agências de notícias internacionais –, sabe que os países estão em constantes guerras de narrativas. Simbólicas ou tangíveis, são meios pelos quais as disputas por domínios políticos, comerciais e militares se concretizam. Um comportamento fora dos padrões ou das regras do jogo já pode ser suficiente para estragos de difícil recuperação. Pode ser isso o que acontecerá com o Brasil lá fora, tendo em vista a desastrosa gestão para o enfrentamento e prevenção da pandemia de covid-19.

Nos últimos dias, o Brasil foi chamado à seriedade pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade, principal foro internacional de monitoramento sanitário, classificou o País como risco para a América do Sul. Enquanto os países vizinhos reduzem as curvas de contaminação e morte pelo novo coronavírus, por aqui seguimos no caminho inverso, sem indícios, a curto prazo, de que o cenário se inverterá. Infelizmente, a tendência é o contrário. Toda decisão tem um preço. As que o Brasil, enquanto Governo Federal, tomou, ao longo da pandemia – todas eivadas de erros, obscurantismo e, no limite, má-fé -, não serão fáceis de pagar.

De promessa de grande nação à desconfiança
O Brasil atravessou a segunda metade do século XX como promessa de grande nação, mas com seus pés de barro, fincados no atraso, em quase todos os quadrantes. Mesmo com bolhas de excelência, o País sempre foi olhado com desconfiança, estereótipos e rótulos pouco edificantes. Vieram as disputas de mercado, a exemplo de extrativismos, agronegócio e outras commodities. Mais recentemente, os cuidados com a Amazônia e o Pantanal entraram na pauta. Agora, a pecha de que a política nacional anti-covid é um fracasso.

A mulher na política
Na política, tudo é um processo, no qual o fio da história vai desenhando desafios, vitórias e superações. Essa é uma visão possível sobre a mulher na vida pública. De início, ela teve de se masculinizar para ser aceita no meio – assim como aconteceu no mercado de trabalho. Agora, está transformando a maneira de lidar com os interesses coletivos.

Consciência, responsabilidade e empatia
Em meio a um lockdown, em função da pandemia, Fortaleza precisa melhorar muito para colher os resultados esperados pelas autoridades. Pelo menos neste início, a Cidade pouco parece em regime de isolamento social rígido. A questão não é de fiscalização nem sanção. Nenhum governo tem pernas para tanto. Falta consciência, responsabilidade e empatia.

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