A indiferença do coronavírus sobre as regras humanas

O micro-organismo é totalmente alheio à racionalidade e organização humanas

A forma como o mundo é organizado no imaginário coletivo da sociedade – família, trabalho, lazer e demais focos de interesse, com suas regras escritas e não escritas -, para o novo coronavírus equivale, exatamente, a nada.

Sem consciência do que é ou faz, o micro-organismo – sobre o qual pairam, inclusive, dúvidas se é ou não um ser vivo -, simplesmente está lá.

O vírus existe sem causa, contagem do tempo ou quaisquer outros parâmetros aos quais nos acostumamos. Desprovido de qualquer sentimento – algo atribuído, exclusivamente, a nós, humanos -, o corona sequer compartilha da ansiedade sobre quando nos deixará. Para ele, tanto faz como tanto fez.

Não se sabe desde quando o homem perambula pela Terra. As apostas variam de alguns milhares a poucos milhões de anos. Muito pouco tempo, quando comparado a substâncias, como vírus, que por aqui existem na casa dos bilhões de anos.

Mas o fato é que, por linhas do tempo bem tortas, um vírus do tipo bem específico, que causa a mortal covid-19, cruzou o nosso caminho e, agora, circula entre nós.

Quiseram as circunstâncias que este 2020 fosse marcado na história humana com rastros de perdas e lutos. Mas isso é o que sentimos. Ele, indiferente, segue se instalando em organismos e se reproduzindo. Nem que isso custe vidas. É da natureza dele.

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