Eleições 2020: a verdade das urnas e os mitos que ficaram pelo caminho

A campanha eleitoral que está terminando ensinou muita gente. De candidatos a analistas, passando pelos próprios governos. O primeiro grande ensinamento foram os resultados em si, nos quais o eleitorado deixou os radicais – à direita e à esquerda – de fora da maioria dos grandes resultados. O cidadão votante prestigiou as forças mais ao centro – sem entrar aqui no mérito qualitativo de tais grupos. A tão badalada nacionalização não veio. Ou seja, na linha geral dos resultados, foi a localidade da vida real, calcada na boa gestão, a balança preferida de quem foi à cabina de votação pesar os méritos e deméritos deste ou daquele candidato.

O pleito que se encerra por estes dias derrubou, também, um dos maiores mitos da estratégia política de que se tem notícia no Brasil: antipático aos olhos e ouvidos do eleitor, atacar tira votos de quem ataca. Essa convicção era tamanha que, não raramente, grandes candidaturas terceirizavam as críticas e denúncias, via postulantes laranjas. A dinâmica e o resultado do primeiro turno mostram, claramente, que tentar destruir o adversário segue sendo um bom negócio. E, por último, a força dos veículos tradicionais de imprensa e do jornalismo raiz. Muitos deram tais ferramentas como irrelevantes ou superados. Quem acreditou nesse canto se deu mal.

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