Crime organizado, a mais nociva das ameaças ao jogo democrático

Da Coluna Erivaldo Carvalho, do jornal O Otimista, desta quarta/14:

Criminalidade e política: mais violência, corrupção e deterioração da democracia / Imagem de internet

Desde a pré-campanha, este colunista vem chamando a atenção do Ministério Público Eleitoral para dois grandes desafios: a aplicação dos protocolos sanitários quanto ao novo coronavírus e o risco que as fake news trazem ao jogo democrático. No primeiro caso, está claro que se faz necessário mais rigidez na fiscalização e força nas sanções. No segundo, o pior ainda está por vir – na reta final da disputa, quando o vale-tudo de difamações costuma entrar em campo. A terceira situação adversa, não menos importante, é a participação do crime organizado na guerra para eleger prefeitos e vereadores.

Entenda-se “guerra” no sentido literal. Trata-se de territórios proibidos em municípios grandes, médios e pequenos, em que a população/eleitorado são reféns do tráfico, milícias e falsos líderes. Nessa espécie de estado paralelo, onde a banda boa da polícia não chega e a Justiça Eleitoral muito menos, imagina-se como são escolhidos os candidatos e quem pode fazer campanha na comunidade. Mais onipresente do que se pensa e as autoridades possam admitir, a criminalidade na política é a mais nociva das ameaças, de onde só se espera violência, corrupção e deterioração da democracia.

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