Bolsonaro-Capitão Wagner: o duvidoso e o certo

O presidente da República: mito para uns, imprestável, para outros

A notícia correu como fogo em rastilho de pólvora, serpenteando-se, rumo à explosão. Em minutos, estava em listas, blogs, sites e bolhas, sempre seguida da inevitável pergunta:

Qual o impacto da declaração de Bolsonaro a favor do candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (Pros)?

O comentário-padrão, com os devidos intervalos de erro para mais ou para menos, foi o efeito “faca de dois gumes”.

Ou seja, Bolsonaro, mito para uns e imprestável para outros, deve dar votos com uma mão e tirar com outra.

A força como isso acontecerá ninguém nunca saberá, independentemente, inclusive, do resultado eleitoral.

Teremos somente indícios, envolvendo diversos fatores – da qualidade individual de cada candidato ao humor e disposição para ir votar em plena pandemia.

Voltando a Bolsonaro – e sem entrar no mérito do antes impopular presidente:

Onde a notícia sobre o apoio do capitão ao Capitão chegou, mais do que rapidamente deu-se o confronto.

De argumentos plausíveis, no início, à verborragia insana, foram poucas digitadas.

Em vários dos casos, que este blogueiro acompanhou, detrás do poste, deu-se um festival de dedo em riste virtual.

Tudo isso aconteceu somente com a notícia, elaborada às pressas, a partir de truncada fala do presidente.

Imaginemos quando – e se -, o movimento bolsonarista pró-Capitão ganhar as redes e ruas de Fortaleza.

No dia da votação, não se saberá o efeito Bolsonaro nas urnas.

Isso é duvidoso.

Mas um extenso rastro de brigas, intrigas ou algo muito pior terá sido produzido.

Isso é certo.

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