Reforma administrativa de Bolsonaro vai impactar indústria de concursos públicos

Da Coluna Erivaldo Carvalho, do jornal O Otimista, desta sexta/4:

Com novas regras, ter o governo como patrão ficará menos atrativo / Digulgação

Fim de uma era. Assim pode ser definida a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa, enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional. O imaginário de milhões de brasileiros “concurseiros”, que sonham com vultosos salários, valorização progressiva da carreira e a certeza de estabilidade no emprego, pode ter ficado para trás. A PEC deixa de fora parlamentares, juízes e militares, e vale somente para novos funcionários. Ou seja, o foco são as próximas gerações do Executivo, Legislativo e Judiciário da União e Estados, assim como o funcionalismo municipal.

É justamente onde está o oásis do governo como patrão. E é o que justifica o esforço hercúleo em maratonas de estudo. A proposta pretende criar cinco tipos de vínculo com servidores – somente um com estabilidade. A PEC atinge a gigantesca indústria de concursos. A área ficará menos atrativa. O Planalto diz querer modernizar a administração, com mais eficiência e menos gastos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já levantou o debate para um serviço público de mais qualidade e melhor atendimento. Do outro lado, a oposição já solta fogo pelas narinas. O embate será duro.

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