Alexandre Pereira e a contribuição para uma Fortaleza menos desigual

Pré-candidato a prefeito pelo Cidadania: foco na geração de emprego e renda

Antes limitadas a especulações e vagas declarações dos principais personagens do jogo político, a atual pré-campanha eleitoral deu um salto de qualidade, em forma e conteúdo.

No primeiro caso, temos o uso e alcance ilimitados das plataformas digitais, em grande parte impulsionados pelo isolamento social, tendo em vista a pandemia do novo coronavírus. Mas foram os conteúdos produzidos por esta fase que mais chamam a atenção.

No caso específico da disputa para a Prefeitura de Fortaleza, o combate à desigualdade socioeconômica é, de longe, o tema que virou coqueluche entre praticamente todos os concorrentes.

Vejamos o caso do pré-candidato pelo Cidadania, Alexandre Pereira – foi secretário municipal de Turismo e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado.

Experiente, Alexandre está conversando com as duas pontas do processo de geração de emprego e renda. Numa delas, por exemplo, com Severino Ramalho Neto (Mercadinhos São Luiz) e Alci Porto (Sebrae-CE).

Do outro lado, Alexandre bateu um papo, virtual, com uma referência no empreendedorismo social, Preto Zezé, presidente global da Central Única das Favelas – CUFA.

Durante a conversa, Alexandre e Preto Zezé falaram também sobre a desigualdade social, políticas públicas voltadas para as comunidades, com foco especial nas mães, e sobre o cenário econômico da Capital.

Para ilustrar o grave cenário de desigualdade na Capital do Ceará, Alexandre faz a seguinte comparação: “Em Fortaleza, a gente tem, de um lado, a “Suíça”, e atravessando a rua, você tem a “Namíbia” ou o “Haiti”.

Citando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em Fortaleza, por bairro, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE), Alexandre enfatiza que apenas três bairros da capital cearense estão acima de 8 pontos no IDH: Meireles, Aldeota e Dionísio Torres.

“Oitenta e cinco por cento da Cidade de Fortaleza têm o IDH abaixo do aceitável”, critica o pré-candidato a prefeito pelo Cidadania.

Para Preto Zezé, esse cenário desigual reforça a necessidade de gerar políticas públicas que invertam a lógica atual. O presidente da CUFA defende uma nova relação entre ricos e pobres.

“Em que o favelado não seja só coadjuvante do seu próprio processo, mas possa gerar receita e fazer gestão do próprio negócio dentro da favela”, pontua.

Alexandre deverá seguir com as oportunas discussões, buscando outros atores, tanto do setor produtivo quanto da engenharia social.

Com essa contribuição com o debate para o presente e o futuro de Fortaleza, a pré-campanha, a exemplo do Cidadania de Alexandre Pereira, está indo além da busca de apoio para sua plataforma política.

Com essas iniciativas, o pré-candidato está colhendo elementos imprescindíveis para a construção de um consistente programa de gestão.

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