Como já analisado pelo Blog aqui e aqui, o pleito de novembro próximo será marcado pelas posições dos candidatos em relação a seus espectros ideológicos.
Ou seja, no Brasil da política personalista, teremos pelo menos três raias – bolsonarista, cirista e lulista -, com os respectivos polos antagônicos – antibolsonarista, anticirista e antilulista.
Para alguns concorrentes, não será fácil assumir, claramente, a posição. Para outros, entretanto, é quase uma questão de marketing demarcar bem a faixa na qual pretende correr.
Neste último caso se enquadra Carmelo Neto, filiado ao Republicanos.
Habitué das redes sociais, o jovem era, até esta segunda/10, conselheiro Nacional de Juventude, vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Carmelo desincompatibilizou-se do cargo, mas não se afastou de seu líder maior, o presidente Jair Bolsonaro. Pelo contrário.
Carmelo se diz “próximo de diversos ministros e figuras do governo”, a exemplo dos ministros Gomes de Freitas (Infraestrutura), Damares Alves (Mulher) e da inquieta deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
Disposto ao debate, Carmelo se define como o “maior representatividade na direita entre os nomes da Capital”.
Com esse alvo político na testa e forte marca do bolsonarismo – a la ame-o ou o odeie – o republicanista pretende disputar uma das 43 cadeiras da Câmara Municipal de Fortaleza.