A disputa para a Câmara Municipal de Fortaleza e o potencial fogo amigo

Legislativo Municipal: 43 cadeiras, das quais o PDT pretende conquistar uma dúzia

O PDT do prefeito e presidente da sigla na Capital, Roberto Cláudio, faz uma projeção entre mediana e otimista de conquistar, este ano, até 12 das 43 cadeiras da Câmara Municipal.

Como se sabe, 2020 será a primeira corrida eleitoral sem possibilidade de coligação para vereador. Será, portanto, cada partido por si.

Pela legislação, o partido pode lançar até 150% do número de vagas em disputa. Ou seja, o PDT lançará 65 nomes. Diga-se, a lista mais competitiva até agora.

Na relação teremos veteranos, novatos, membros do núcleo duro da gestão e aqueles que orbitam longe do Paço Municipal.

Mas todos eles têm uma característica em comum: por óbvio, acreditam terem chances reais de ser vereador a partir de janeiro de 2021.

Aí começam os problemas: num cálculo rápido, e se as projeções não furarem para baixo, a principal chapa da competitiva base governista elegerá dois vereadores para cada grupo de dez a onze candidatos.

Para sermos mais precisos, a bem disputada eleição para o legislativo municipal terá, no partido do prefeito, 5,41 candidatos para cada cadeira prevista a conquistar.

Na teoria obedientes, politicamente, ao comando central da campanha, cada candidato pedetista a vereador dará seu melhor, numa disputa de alto nível e muito fair play.

Mas, como na prática, a teoria é diferente, não será surpresa se na hora da verdade da caça do voto a disputa virá campo de batalha, com muitas intrigas e golpes abaixo da linha da cintura. Será uma briga de foice no escuro.

Historicamente sem perna para uma cobertura à altura e tendo de priorizar a corrida majoritária (prefeito, governador..), a dileta cobertura convencional da imprensa costuma fazer pacto de silêncio sobre o que acontece na corrida proporcional.

A limitação acontece tanto na cobertura dos bastidores quanto ao que se dá à luz do dia da corrida à Câmara de Vereadores e outras disputas proporcionais, tipo deputado.

As honrosas exceções são, basicamente, episódios que repercutem, diretamente, na corrida a prefeito, propriamente.

Será quando, com fogo amigo de quase todos os lados e as redes sociais já fervendo, alguém acende a luz e grita pelo famoso freio de arrumação.

Mas aí já é outra história.

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