Histórica, grandiosa e necessária, a transposição das águas do rio São Francisco é o novo front de batalha entre bolsonaristas e lulopetistas.
Iniciada há mais de 12 anos, com mais do dobro do orçamento original (de R$ 5 bilhões para 12 bilhões) e várias paralisações, o empreendimento resgata uma antiga dívida do Estado Brasileiro com o desenvolvimento regional.
Montado em Penaforte, no Extremo Sul do Ceará, o circo bolsonarista vai recepcionar o presidente.
Em circunstâncias normais e pelo marco que a obra representa, a maior autoridade do Ceará, o governador petista Camilo Santana, participaria do ato de chegada das águas do Velho Chico ao Ceará.
Camilo não foi. Recusou o convite. Oficialmente, para não promover aglomerações em tempos de pandemia de Covid-19.
Previsível, haverá guerra pela paternidade da grande obra. Já seria, se não fosse no Nordeste – região onde se travam as maiores batalhas eleitorais pela Presidência da República.
A transposição é uma obra de governos petistas, cujo trecho do Ceará está sendo inaugurada pelo governo Bolsonaro. Assim quiseram as circunstâncias.
Mas guerra é guerra, e quem vence tem o direito de contar como foi.