A nomeação de Fábio Faria para o ministério das Comunicações

Do PSD potiguar, Fábio Faria, genro de Sílvio Santos, circula muito bem em Brasília / Billy Boss/CD

O Brasil amanheceu nesta quinta, 11, com mais um ministério, o 23º, número bem distante dos 15 considerados suficientes pelo então candidato Jair Bolsonaro.

Anunciado pelo presidente via Facebook, o ministério das Comunicações foi desmembrado do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação.

A nova pasta vai para Fábio Faria (PSD-RN), deputado federal, mais conhecido como genro de Sílvio Santos, dono do SBT.

A nomeação de Faria será mais uma trincheira para o conglomerado Globo e outros players do mercado.

A Secretaria de Comunicação (Secom), juntamente com a administração de verbas publicitárias, devem ir para a nova pasta de Faria – apontado como sócio de emissora de rádio no Rio Grande do Norte.

Há, portanto, pelo menos dois pontos que podem ser considerados conflitos de interesse

Expoente do Centrão, o PSD de Fábio Faria é um dos principais interlocutores de Bolsonaro no Congresso Nacional.

Próximo dos presidentes Bolsonaro e Rodrigo Maia (Câmara), o novo ministro circula muito bem na cúpula do governo, é tido como pacificador e mostra jogo de cintura com a imprensa.

Por essa ótica, a decisão de Bolsonaro – abstraindo-se os supostos choques de interesse -, é uma aposta que pode dar certo.

Outros dois ministérios estão no forno: da Segurança, a ser desmembrado da pasta da Justiça e Cidadania, e do Trabalho, extinto por Bolsonaro, no início do ano passado.

Poderemos chegar, portanto, a 25 pastas.

Em tempo 1: no governo Dilma, chegou-se a 39 ministérios.

Em tempo 2: no governo Lula, o global Franklin Martins foi secretário da Comunicação Social, com status de ministro.

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